sábado, 30 de agosto de 2008

O fim do túnel

Ao fim do túnel sempre há uma luz, ainda que fraca.

Sempre haverá algo para tirar-lhe do sofrimento, ao menos que não queira a salvação.

Ao fim do túnel há uma mão estendida,

Mão amiga que acolhe quando estamos no chão.

Ao fim do túnel há algo a sua espera, você querendo ou não.

Não subestime a esperança, ela pode ser a única base de apoio,

A única razão para manter-se vivo.

Não subestime a espera. Todos esperamos.

Ao fim do túnel há sempre algo para tirar-lhe do sofrimento,

Há sempre algo para aliviar sua dor.

Pode ser uma luz para fazer brotar a alegria em seu peito,

Pode ser a morte, para tirar-lhe dessa condição.
Brennah Enolah

sábado, 23 de agosto de 2008

Uma Trilha De Fumaça

Coloco todos os sentimentos estranhos em minha bolsa e decido seguir aquela estrada de fumaça que com meu mais intenso prazer construí, o último trago, minhas vontades saciadas, onde dará a trilha de prazer?

Começo por escalar, a porta é aquele circulo vermelho, azul, violeta que em meus mais loucos frenesis excita uma desvairada vontade de possuí-lo, de admirá-lo. São longas voltas, são traços de sonhos, são as fitas de uma menina brincando por aquele extenso jardim, são olhos que hipnotizam dizendo-me cada vez mais alto “não deixe de existir”.

Após a porta os passos incertos são firmados pela estrada, a fumaça foi dando espaço ao vidro, seco, frio, sólido. Começo a descer rumo ao universo, observo planetas sorridentes, vestidos de ternos e gravatas sapateando em um blues descontrolado e o que foi aquilo que observei? Espere... creio que seja o eterno big-being dentro de nós.

Bolhas começam a sair de mim e dentro delas, adeus, estão meus sentimentos estranhos.

A estrada leva-me adiante e ao longe observo algo parecido como um altar. Existem milhares de estradas como aquele pela qual vim, todas terminando sempre mais a frente em um encontro glorioso de perturbações.

Astros, planetas, cartas de baralho, cogumelos e borboletas observam minhas ações, estão girando em torno do altar que irradia a dança da vida. Bules e xícaras de chá levam-me em direção a ele, mais à frente encontro o coelho do “país das maravilhas”, porém ao contrário de sempre não estava atrasado. Sorria para mim e através dele alcancei o altar.

Tudo a minha volta sumiu e os círculos de fogo voltaram a aparecer contemplando-me.. a fumaça tornou aparecer, tudo começou a desmanchar em leves sopros e fragrâncias. Em cima do altar havia um olho muito atento que a tudo observava enquanto refletia toda uma vida que não me era estranha, a vida era sonho e o sonho era o mais real que até aquele momento tinha provado. Não pude resistir e ao tocar naquele olho descubro que eram meus olhos e todo aquele universo era meu próprio corpo... porém esqueço-me do real. Acordo. Tive um sonho!

Enxugo minha baba enquanto acendo meu próximo cigarro...



Por Eivy Von

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Além do Poço

Nós estamos mais baixo que o subsolo,
Vivemos na decadência.
A imundice nos cerca,
A sargeta, o limbo.

Nós estamos na mais pura devassidão
Sendo clandestinamente livres.
Não precisamos da pureza hipócrita
Que cerca esse mundo de aparências.
Nós admitimos, a realidade é que
Estamos Além do Poço!

Estamos no lodo,
Afundando na dor.
Não contende com a desgraça,
Cavamos Além do Poço!

Não queremos as cordas de resgate.
Fazemos parte dessa vida desregrada,
Dessa decadência permanente.
Não queremos escadas,
A salvação não interessa.

A dor, a lágrima, o sofrimento.
O poço de lamentações agora é a nossa vida,
Porém não vestiremos a mortalha das vítimas.
Queremos o insulto!
Transmutar essa dor em revolta,
Transformar as lágrima em protesto!
Queremos a vingança,
A liberdade a qualquer custo.
Queremos viver como estamos,
Sempre cavando Além do Poço!

(Brennah Enolah)

Em retribuição aos nossos planos anteriores, aqui está a manifestação da primeira inspiração, do primeiro suspiro do Além do Poço!

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Pressentimento

Acredito que exista um elo que una duas pessoas, que faça com que essas pessoas sejam cúmplices, que exista uma confiança inquebrantável e que elas acabam por sentir as aflições umas das outras. Afirmo com toda a certeza a última colocação pois senti isso na pele. Era como se fosse uma inquietação, na qual não se consegue fazer nada para acalmar-se, a imagem da pessoa não saía da cabeça e a vontade de falar, de ouvir a voz e poder saber se está tudo bem; um aperto no peito, um mal pressentimento...

... Após saber o que realmente ocorreu, agora sei que tudo foi real.

"Realmente minha cara, estou aqui, não só pessoalmente presente, mas espiritualmente".

sábado, 2 de agosto de 2008

Um barulho na noite

De repente seus olhos abrem-se no meio da noite, tudo é escuridão e lá fora só há o suave som de uma chuva esforçando-se para cair.. Fecha seus olhos novamente, mas é interrompido por um barulho que começa do silêncio, quebrando as barreiras da escuridão até seus ouvidos.. A principio ele parece com o sussurrar de um objeto e depois faz círculos longos, rápidos, ofegantes.. Quando você percebe, ele está dentro de sua mente...
É assim que gostaríamos que nosso memorial fosse para os queridos leitores, uma mínima parte de seus dias, para logo em seguida estar alojado em suas mentes!